TPV - Elastômero termoplástico vulcanizado
TPV – Elastômero termoplástico vulcanizado, é um material da família dos Elastômeros Termoplásticos (TPE) e, em especial, a dos Elastómeros Termoplásticos Vulcanizados (TPV).
Material composto por uma fase elastomérica (EPDM Dinamicamente Vulcanizado) dispersa e ligada a uma matriz termoplástica de poliolefina que, juntas, dão origem a uma liga plasto-elastomérica caracterizada por alto desempenho e uma grande facilidade de transformação.
A matriz termoplástica permite processar o TPV de forma simples e econômica e também proporciona a reciclagem do composto.
A fase elastomérica fornece ao material as características de baixa dureza e propriedades elásticas.
Características principais
Com uma ampla linha de produtos desenvolvidos, o TPV oferece uma excelente combinação de características em um único produto:
Uma amplia escala de durezas desde 20 ShA até 65 ShD
Densidade típica <1 kg/dm3
Alta memória elástica em um amplo intervalo de temperaturas
Excelente resistência aos raios UV, ozônio e ao envelhecimento por agentes atmosféricos em geral
Temperatura de serviço de -50°C a 125°C e resistente a picos de até 145°C
Excelente resistência a vários agentes químicos como bases, ácidos, álcoois, detergentes, soluções aquosas, vários solventes polares
Excelente resistência a fadiga
Alterado grau de isolamento térmico e elétrico
Boa resistência a abrasão
Reologia dedicada para cada tipo de processo
Adesão a quente sobre polipropileno (PP)
Boa colorabilidade em algumas famílias de produtos.
Também são oferecidas grades especiais com as seguintes características:
Resistencia a chama (UL 94-V0)
Proteção adicional ao calor e aos raios UV
Proteção ao cobre
Baixo nível de fogging
Baixo coeficiente de atrito
Alta resistência a abrasão
Homologação RAL-GZ 716/1 Classe IV (setor construção).
APLICAÇÕES
AUTOMOTIVO
Peças de baixo do capo: dutos e dutos de ar, foles de suspenções, Caixa de direção, guias, conectores de bateria
Guarnições: guarnições para portas, encapsulamento de vidro, perfis para vidros
Interior: saídas de ar, botões, tapetes, fole da palanca do câmbio e freio de mão, maçanetas
Variedade de proteções: revestimento tubo combustível, proteção amortecedores, bandas para-choque, spoiler, elementos de para-choques, apara barro
CONSTRUÇÃO
Perfis herméticos para portas e janelas, guarnições hidráulicas simples e bi-injetadas.
ELETRODOMÉSTICOS
Maquinas de lavar, secadora e máquina de lavar louça: pés e suportes anti-vibrações, tubos de carga e conectores de saída de agua, guarnições para o alojamento de filtro, amortecedores de tambores, guarnições para portas.
Frigoríficos: suspensões para compressores.
UTENSÍLIOS
Empunhaduras anti-deslizantes para alicates, chave de fenda, martelos, brocas e escovas.
ELÉTRICO
Revestimentos para condensadores, plugues e tomadas, cabos especiais que requerem boas propriedades de isolamenteo eletrico, resistencia a UV, resistencia térmica e baixo peso especifico.
VARIAS
Rodas, correias de transmissão, tubos para baixa e alta pressão, tapetes para scooter, Juntas “O”-Ring.
Adesão com outros materiais
O TPV especialmente adaptado para co-injeção e co-extrusão com polipropileno e seus compostos. Se pode aderir com outros materiais do portfólio, como, por exemplo, Polipropileno (PP) e (TPO).
Processo de transformação
O TPV pode ser processado utilizando a tecnologia típica dos termoplásticos, como moldagem por injeção, extrusão, sopro, calandra e termoformagem.
Geralmente não é necessária secar antes da transformação, exceto para algumas grades especiais.
Moldagem por injeção
FUSO DE PLASTIFICAÇÃO: os mais adequados são os fusos para poliolefinas >= 20 L/D e relação de compressão 2,5 – 3,5:1
VELOCIDADE DE PLASTIFICAÇÃO: alta
VELOCIDADE DE INJEÇÃO: médio-alta
PRESSÃO DE INJEÇÃO: media
CANAIS DE ALIMENTAÇÃO: se recomenda utilizar canais de alimentação de seção circular, o mais curtos possível e com um diâmetro que se estreita progressivamente.
PONTOS DE INJEÇÃO: geralmente de seção circular e de diâmetro >= 0,7 mm. Se aconselha não utilizar diâmetros inferiores a 0,3 mm sem haver escolhido previamente as grades mais adequadas de acordo com assistência Técnica.
SAÍDAS DE GAS: se recomenda que as cavidades possuam saídas de gás oportunas (diâmetro 0,03-0,05 mm)
SECAGEM: geralmente não é necessário.
TEMPERATURAS INDICATIVAS DE INJEÇÃO:
Dureza < 55 ShA: 1ªZona 150 °C | 2ªZona 160 °C | 3ªZona 170 °C | Cabeçote 175 °C | Molde 20-40 °C
Dureza 55-85 ShA: 1ªZona 160 °C | 2ªZona 170 °C | 3ªZona 180 °C | Cabeçote 185 °C | Molde 20-40 °C
Dureza > 85 ShA: 1ªZona 170 °C | 2ªZona 180 °C | 3ªZona 185 °C | Cabeçote 190-200 °C | Molde 20-40 °C
Extrusão
FUSOS DE PLASTIFICAÇÃO: os mais adequados são os fusos utilizados para poliolefinas >= 24 L/D e relação de compressão 3:1
CABEÇOTE: se recomenda o comprimento da zona paralela de < 10 mm
PLACA FILTRO: Malha de 60
SECAGEM: geralmente não é necessário.
TEMPERATURAS INDICATIVAS DE EXTRUSÃO:
Dureza < 75 ShA: 1ªZona 160 °C | 2ªZona 170 °C | 3ªZona 180 °C | Cabeçote 180 °C |Matriz 170 °C
Dureza > 75 ShA: 1ªZona 170 °C | 2ªZona 180 °C | 3ªZona 185 °C | Cabeçote 195 °C | Matriz 185 °C
Sopro
FUSOS DE PLASTIFICAÇÃO: o fusos mais adequados são os utilizados para poliolefinas >= 24 L/D e relação de compressão 3:1
SECAGEM: geralmente não é necessário
TEMPERATURAS INDICATIVAS DE SOPRO:
Dureza < 75 ShA: 1ªZona 160 °C | 2ªZona 170 °C | 3ªZona 180 °C | Cabeçote 180 °C
Dureza > 75 ShA: 1ªZona 170 °C | 2ªZona 180 °C | 3ªZona 185 °C | Cabeçote 195 °C
RECICLABILIDADE
O TPV é um material totalmente reciclável e se pode reutilizar após ser moído. O usuário sempre deverá realizar os testes necessários para garantir que o material obtido a partir da mistura de grão virgem e material moído seja apto para a aplicação e respeite os parâmetros desejados.
Armazenamento
Recomenda-se armazenar o produto em local coberto, protegido da umidade e do calor.